9/25/2005

A despedida do amor

  • Existem duas dores de amor:
  • A primeira é quando a relação termina, e a gente seguindo amando,tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com falta de perspectiva, já que ainda estamos embrulhados na dor que não consegimos ver luz no fim do túnel.
  • A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.
  • Mas, quando essa dor passa, começamos um outro ritual de despedida: A dor de abandonar o amor que sentíamos.
  • A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa.
  • Dói também...
  • Na verdade ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
  • Muitas pessoas reclamam por não conseguirem se desprender de alguém.
  • É que sem se darem conta, não querem se desprender.
  • Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida...
  • Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensaçãao ao qual a gente se apega.
  • Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
  • É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais tempo que a "dor- de- cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
  • Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra.
  • A pessoa que nos deixou não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificavamos como ser humanos, e que nos colocava dentro das estatísticas: "eu amo, logo existo".
  • Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que já terminou externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.
  • E só então a gente poderá amar, de novo.

  • (Martha Medeiros)

  • Ouvindo: Uma vez mais- Ivo Pessoa

5 comentários:

Anônimo disse...

rafa,tu pegou o texto da matha medeiros?
eu tb adoro tudo o que ela escreve,ela é d+,sensacional,tri fã neh!hehehe
Sem dúvida o amor sempre dera uma dor,seja ela qual for!
mil bjs,boa semana
luciane

Anônimo disse...

Ta suminda que acontece....
beijos

Anônimo disse...

ola
como vc sou do cDB e vim conhecer seu espaço, gostei.
um abraço
Andrade Jorge

Anônimo disse...

Boa noite rafa,tenho uma linda sobrinha com este nome,de 5 anos de idade que chamo de minha Rafinha,por isso indentifiquei seu nome com a alegria de minha Rafinha.Estou visitando e conhecendo os blogs,sou novo na CDB,e quando precisares de mim para uma palavra amiga,incentivo,conte com meu apreço a sua pessoa.Que toda alegria esteja contigo,uma ótima semana e tudo de bom nesta vida.Carinhosos beijos,se permitires no coração de minha nova amiga e doce Rafinha!

Anônimo disse...

tudo de bom este texto! eu passei por isso ha pouco.Demais o seu diário. beijos...LUNNA!